terça-feira, 23 de dezembro de 2008

facas pires na net

por meio de um comentário neste blog, que agradeço, fiquei a saber da existência de mais um sítio na net de uma empresa de palaçoulo. depois de já constarem do livro do guinness, as facas pires estão à mostra de todo o mundo em www.facaspires.com.

[o link passará também a estar disponível na barra lateral deste blog]

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

pipos sem fronteiras


mais uma vez, a notícia de capa do jornal Nordeste é sobre palaçoulo, o que já começa a ser um hábito. desta vez, a propósito de uma tanoaria que "é um verdadeiro caso de sucesso a nível mundial."
ver notícia

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

fórum palaçoulo

fui lá ter por acaso, pois não sabia da existência deste fórum. o link passa também a estar disponível na barra lateral. é só registar e participar nas conversas e discussões sobre palaçoulo. até lá...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

informação, com ligeiro tom irónico:

após a instalação dos extractores de fumo há cerca de uma semana, já se fuma no bar da associação.

sábado, 29 de novembro de 2008

já que a primeira sondagem resultou, mais uma...

a primeira sondagem neste blog (sobre que edifício devia ser demolido em palaçoulo) teve um resultado expressivo a favor da sala de ordenha. e não é que foi mesmo o primeiro edifício a ir abaixo... o que mostra que o poder local anda muito atento ao desejos que por aqui se vão expressando. assim sendo, a próxima sondagem é sobre o que deve ser contruído em palaçoulo, com maior urgência:

- zona industrial;
- estrada de trás-os-palheiros;
- parque infantil;
- ring de futebol;
- aeroporto.

vote (na coluna ao lado) em consciência, pois terá resultados práticos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

quem és tu, Coronel Bessa?

tu, que és a única personalidade que tem a honra de ser nome de rua em Palaçoulo;
tu, sobre quem não há registos na internet;
tu, que deves ser da região de miranda, pois também em Duas Igrejas há uma rua com teu nome;
quem és tu, e o que fizeste para merecer tamanha distinção?


[P.S. tenho uma vaga noção que o Coronel Bessa está, de alguma forma, ligado ao 25 de Abril, mas não sei porquê.]

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

qual Obama, qual McCain? Eliseu Fernandes!



adenda: parece que já há sabotagem dos outros candidatos. de qualquer forma, o vídeo pode ser visto aqui.

navalhas com fair-play


o Jornal Nordeste fez a última capa com o lançamento de uma nova linha de produtos oficias dos 3 grandes clubes portugueses, made in palaçoulo.
ver notícia

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Palaçoulo : a origem do nome

é muito improvável, mas pode acontecer que, numa conversa com desconhecidos, quando fales de palaçoulo alguém diga que não conhece, que nunca ouviu falar, de onde raio veio esse nome? ele há gente para tudo. nesse caso, para o castigar por tamanha ignorância podes bombardeá-lo com toda a história da origem de tão belo nome que dá nome a tão bela terra:

Palaçoulo provém do étimo latino PALATIU, donde derivam o diminutivo PALATIOLU, que significa pequeno palácio, a que o povo foi passando a designar PALAÇOLO, PALAÇOULO (PALAÇUOLO, em mirandês).
Na carta de doação de D. Afonso Henriques, em Junho de 1172 ao rico-homem D. Pedro Mendes, de cognome "O Tio", segundo refere o Abade de Baçal, já constou o nome de Palaciolo. Também ali se refere que "é quase geral nos forais a palavra palácio para indicar a casa da Câmara Municipal, sonde se administrava a justiça e se pagavam multas e condenações impostas aos trangressores das disposições folarengas. Daqui resultam os onomásticos religiosos Paçó, Paços, Palácios e Palaçoulo aplicados a terras que tiveram jurisdição municipal". D. João III, em 1528, nos seus contratos, já empregou a designação de Palaçoulo.
Com a mesma origem etimológica de PALATIU ainda se conhecem, pelo menos, seis localidades denominadas Palazuelo, em espanha (Badajoz, Burgos, Cáceres, Leão, Zamora e Valhadolide), assim como um Palaciolo, na Itália.

[(mais um) breve resumo, a partir do livro "Mirandês e Caramonico", de José Francisco Fernandes]
[(mais uma vez) este resumo não dispensa a leitura completa, no referido livro]

terça-feira, 30 de setembro de 2008

lérias e mais lérias

lérias: fem. plu. de léria

conversa de palrador indiscreto;
lengalenga;
trica;
treta;


de há uns tempos para cá, lérias passou a ter mais uma significado: nome de uma associação cultural, com sede em palaçoulo (na antiga sede da junta de freguesia) que "tem como objecto a promoção sócio-cultural, através do fomento da prática artística e pedagógica, e do desenvolvimento da cultura tradicional".

amanhã, dia da música, é a apresentação da escola de música tradicional, "uma oferta formativa no ensino de instrumentos tradicionais, com realce para a gaita de foles e percussões". é correr a inscrever!!


podem ir acompanhando as actividades da lérias no seu blog:
http://leriasassociacao.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

mais um início de ano lectivo (também em Palaçoulo)

afinal...
...a escola que no ano passado estava para fechar por falta de alunos, este ano precisa de mais uma sala e de mais um professor, dado o número de alunos. há coisas fantásticas, não há??



a propósito do primeiro dia de aulas, fica um pequeno texto de propaganda que escrevi no ano passado para incluir na introdução de um trabalho sobre a sustentabilidade da escola primária em palaçoulo, em que tive o prazer de participar:

Há uns anos atrás a RTP fez uma reportagem sobre Palaçoulo, que o jornalista intitulou “Palaçoulo, um oásis em Trás-os-Montes”. E disse-o bem. Palaçoulo é, inegavelmente, um caso único na região e quiçá no País.
Uma aldeia de contrastes harmoniosos. Onde a tranquilidade do campo e as rotinas urbanas convivem lado a lado. Onde pessoas têm empregos estáveis e ao final da tarde vão cuidar da horta. Onde, ao mesmo tempo um pastor assiste no monte ao nascimento de mais um bezerro e num gabinete se envia um e-mail para Tóquio a confirmar uma exportação de milhares de euros. Uma terra de emigrantes, como toda a região, mas agora sobretudo uma terra de imigrantes (o que para uma aldeia é coisa rara, e para uma aldeia do interior, coisa mais rara ainda). Caso notável numa aldeia será também o facto de ter mais pessoas de fora a trabalhar na terra do que pessoas que vivem na terra a trabalhar fora. Uma terra que respeita a tradição, mas que aposta na inovação e no desenvolvimento, onde ainda se fazem facas manualmente mas também com as máquinas e materiais mais sofisticados do sector. Onde o Português e o Mirandês se misturam mas não se excluem.
Uma aldeia com hábitos sociais. As pessoas reúnem-se, vão ao café, conversam (de futebol é certo, mas também de vias de comunicação, de infra-estruturas para a região, política,..), onde os convívios espontâneos são constantes. Enfim, uma aldeia que desafia o estereótipo da terrinha isolada e amorfa em Trás-os-Montes. É uma aldeia viva, e por isso uma aldeia onde as pessoas gostam de viver.
Onde as crianças riem e brincam umas com as outras no caminho da escola para casa.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

festas 2008

27 Agosto
é, definitivamente, o novo dia 1. o primeiro dia das festas, o pessoal está com fome de festa. tudo louco, novos, menos novos, sempre a bombar até de manhã. cerveja. muita cerveja.

28 e 29 Agosto
dias para os mais novos, em idade e em espírito. insulfláveis, palhaços, karaoke, palhaços no karaoke e cerveja. parece que dia 28 houve um gajo, que a partir de certa hora, tomou conta do palco do karaoke até que aquilo acabou. há videos, com imagens surpreendentes.

30 de Agosto
dia do povo. sardinha e vinho. parece que foi festa rija (não estava lá). música tradicional a começar e rave party a terminar. cerveja.

31 de Agosto
solteiros-casados. goleada.
grande festa (Tribo). cerveja. depois do grupo terminar, after-hours (dj Killer) improvisada no café da associação, que foi discoteca até ser dia. muito ambiente, muito som, muito bom.

1 de Setembro
grande festa (Mega + Midnes). até altas horas. muita cerveja, portas partidas. parece que apareceram lá uns palhaços armados em parvos que não sabem o que a palavra 'festa' significa. enfim...

2 de Stembro

o dia da festa. magrugadas a acordar o pessoal. banda filarmónica, missa, cerveja, cavalos, jantar, festa (Tv5 + Triângulo), fogo de artifício, cerveja, e aquele ar de fim de festa...


...e já só faltam, aproximadamente, 345 dias para as festas 2009, que prometem ser ainda melhores.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

solteiros - 4; casados - 1

[não é preciso dizer mais nada, pois não?]

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

nós por cá...

um pau com um saco de plástico atado na ponta!
esta é sinalização que, há mais de duas semanas, alerta para um buraco numa das ruas mais transitadas de palaçoulo, ou não ficasse a caminho do café de burela...

confesso que a primeira vez que vi esta espécie de rotunda até achei piada à criatividade da coisa, mas tanto tempo depois começa a parecer desleixo a mais. custava muito colocar lá uma sinalização decente, já que tapar aquilo parece ser pedir muito? vejam lá isso...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

toca a pedalar!


ATENÇÃO: andar de bicicleta, de manhã, num domingo de agosto, pode provocar enjoo. se não acreditam, perguntem ao Zé.

domingo, 17 de agosto de 2008

o basquetebol / o basquetebalde

há questão de uns anos, o basquetebol quase chegou a destronar o futebol como desporto rei, em palaçoulo.
tudo começou com o entusiamo de quatro ou cinco garotos pela NBA (na era Jordan), e que começaram a improvisar condições para praticar o desporto. tabelas de madeira ou paredes a servir de tabela e aros de bicicletas como cesto, sobre um terreno plano, de preferência de cimento ou alcatrão, e estava um campo feito. [um dos campos deu, inclusivamente, bastante polémica, pois a tabela estava situada precisamente por cima do lugar onde ficava estacionado o taxi local (o que, vendo a esta distância, era bastante estúpido). a tabela aparecia no chão, no dia a seguir voltava a estar lá, e por aí fora...]. receptivos ao entusiasmo dos jovens com tal jogo, e após alguns pedidos, a junta de freguesia coloca duas tabelas na, recém construída(e acimentada), praça, e embora sem qualquer marcação ali ficou construído um campo de basquetebol. jogou-se bastante lá, mas nunca chegou a explodir como modalidade praticada. no entanto deu origem a um curioso jogo, que animou durante uns anos as quentes noites de verão. o jogo era simples, baseado no chamado 'americano' (há outras designações), onde há uma ordem de jogadores a jogar à vez, e cada um tem que fazer o que fez o seu antecessor. se não conseguir tem um ponto, e por aí fora. só que em palaçoulo não eram pontos, eram baldes de água. quem quebrasse a cadeia de lançamentos convertidos de um dado sitio, encostava-se a uma das árvores e levava com um balde de água por cima. com a bica alí ao lado o processo era muito simples e dava muita pica (especialmente para quem despejava o balde). isto, jogado durante toda a noite, com cerveja à mistura, dava origem a muitos banhos e era normal ir-se para casa completamente encharcado, alguns até nús. nunca as árvores da praça cresceram tanto como nessa altura...

mas os baldes de água não eram exclusivos do jogo. tornaram-se um hábito de verão, às vezes de uma forma um pouco abusiva. estar a sair do café podia ser suficiente para levar com um balde de água por cima sem saber de onde. ninguém escapava, nem o dono do café, nem pessoal que nada tinha a ver com a brincadeira, nem pessoal de fora, que estavam lá de passagem e tinham ido apenas tomar café ou simplesmente em trabalho.

entretanto o entusiasmo pelo basquetebol esmoreceu, o juizo foi aumentanto, as tabelas foram apodrecendo na praça e as pesadas pedras que as seguravam foram parar às malas de alguns carros.

P.S. já agora, umas tabelas no pavilhão desportivo não ficavam nada mal, e ali não apodrecem...

terça-feira, 29 de julho de 2008

próximos dias, muita festa...

a partir de sexta-feira, uma semana de música, cultura e tradição na região. a não perder...
(clicar nas imagens para ver os programas dos respectivos eventos)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Eliseu Fernandes


[esta imagem vale, seguramente, mais do que quaisquer mil palavras que eu pudesse escrever acerca deste senhor, personagem singular de palaçoulo (sobretudo da parte da noite), ex-combatente no ultramar, ex-emigrante na alemanha, ex-mestre de relojoaria, ex-agricultor, reputado artesão de navalhas e profundo conhecedor da arte do amor]

quinta-feira, 3 de julho de 2008

a KGB/KJV

na primeira metade da década de 90 surgiu em Palaçoulo, de forma espontânea e sem data de início oficial, uma espécie de organização juvenil que veio abalar a ordem dominante...
foram apelidados de KGB, numa associação à antiga polícia soviética, mas assumiram o nome de KJV (só pra contrariar...)
movimentavam-se em grupo, normalmente de grandes dimensões, e invadiam tudo o que acontecia. passava-se algo com interesse, a kgb/kjv estava a controlar a cena. ou então estavam a dirigir-se para a cena. tomaram a noite de palaçoulo de assalto e os cafés, então dominados pelos 'grandes', ganharam clientes de peso. entravam e saiam de café em café, circulavam por trás-os-palheiros para não serem vistos (e para fumar - a única coisa má que se aprendeu na kgb/kjv). se os cafés fechavam, havia muito terreno, tempo e vontade para continuar a noite.
mas não se ficavam apenas por palaçoulo.
com um renault 12, uma carrinha toyota, uma cassete dos depeche mode e nenhuma carta de condução (no final, acho que duas), qualquer local estava ao seu alcance. chegavam a uma festa e invadiam. não há estacionamento à porta, estaciona-se nas escadas na igreja. se não se passava nada na festa, iam para a outra festa, ou para outro café. ou iam fazer a sua própria festa. as festas privadas sucediam-se, só era preciso um motivo. chegava uma amiga para uns dias de férias em palaçoulo dava logo motivo para uma festa de recepção e outra de despedida. no monte, quase sempre, às vezes em casas.
a kgb/kjv começou a ser notícia; passava-se algo de estranho, 'foi coisa da kgb/kjv', a aldeia amanhecia desordenada 'deve ter sido a kgb/kjv', musica ou baralho a altas horas da madrugada, 'era a kgb/kjv'. uma cerejeira que aparecia limpinha de manhã ou uns melões que evaporavam, 'foi a kgb/kjv de certeza'. justa ou injustamente, os suspeitos do costume.
toda a gente falava da kgb/kjv, mas ninguém sabia muito bem que entidade era aquela, apesar de se conhecerem os seus membros.

não eram uma polícia secreta, mas sabiam tudo o que se passava.
não eram um grupo terrorista, mas provocavam autêntica destruição em alguns pomares.
não eram uma organização desportiva, mas participaram em torneios, obtendo inclusive um honroso (e muito surpreendente) 3º lugar no famoso torneio de futebol 6 de palaçoulo;
não eram um gang, mas não desaproveitam situações favoráveis a dar um bom golpe.
não eram uma máfia, mas de vez em quando envolviam-se em esquemas complicados.
não eram uma associação cultural, mas organizavam festas alternativas, algumas delas bastante undeground.

nunca ninguém percebeu muito bem que tipo de coisa era a kgb/kjv,
mas eu desconfio
que era apenas um grupo de amigos na idade de começar a conhecer a vida e a gostar da coisa.

entretanto, a kgb/kjv foi-se desmembrando de forma natural à medida que foi perdendo o sentido de existir. mas, cuidado, que eles ainda andam por aí. uns casaram, outros foram papás, outros as duas coisas, outros nem por isso e outros escrevem em blogs memórias de um tempo único, vivido no momento ideal, com a intensidade merecida.
agradeço aos membros da kgb/kjv por isso. eles sabem quem são...



Depeche Mode - Personal Jesus

sexta-feira, 27 de junho de 2008

torneio de 6: o regresso

não se pense que a época futebolista deste verão acaba este domingo com a final do euro 2008. daqui a umas semanas é que vai começar o grande torneio de verão - o torneio de futebol 6 de Palaçoulo, que em boa hora regressa, depois de 2 anos (acho) de ausência.
futebol 6, isso mesmo. nem futebol 5, nem futebol 7. 6. porque em palaçoulo há que ser original. já na sua vigésima primeira edição, o torneio de futebol 6 de palaçoulo tornou-se numa instituição que marca os defesos das épocas desportivas e que funciona como uma espécie de torneio de Toulon, onde os empresários de jogadores locais observam e contratam jogadores para a nova época dos clubes que representam. ao longo dos anos o torneio tem revelado jogadores de alto quilate, alguns até chegaram a campeões europeus de clubes (o que, arrisco-me a dizer, nunca teria acontecido sem as passagens pelos campos de 6 do estádio das gamoneiras).

começa dia 20 de Julho e estende-se para os dois domingos seguintes. não faltar. a entrada é livre. bar permanente...
e, já agora, tem um belo cartaz:

segunda-feira, 23 de junho de 2008

está cara a vida, em palaçoulo

café: 60 cêntimos;
mini: 70 cêntimos;

[de longe vê-se melhor...]

quarta-feira, 28 de maio de 2008

a parabólica de sorragas

palaçoulo sempre de foi uma terra de ponta. também na tecnologia. nos tempos em que ainda não havia sportTv, nem sequer tv cabo, ainda nos principios da televisão por satélite, nos tempos em que o Benfica chegava a finais dos clubes campeões europeus, sorragas, com bom olho para o negócio, instala uma parabólica gigante no seu café. era a novidade total. havia uma ou outra parabólica por miranda e tal, mas nada que se comparasse com aquela. lá, muita gente viu pela primeira vez a mtv, a eurosport, a cnn, a rtl (que tinha uns filmes interessantes nas noites de fim de semana, ainda que em alemão e sem legendas) e tantos outros canais. mas o que fazia realmente a diferença era o futebol. os jogos das competições europeias não davam sempre na RTP mas davam algures num canal da parabólica de sorragas, provavelmente num canal do país da equipa adversária. as enchentes, em dias de grandes jogos, sucediam-se. vinha pessoal dos três concelhos para ver a bola. o café era grande e aguentava muita gente, até um dia que aquilo rebentou...
meia final da liga dos campeões (antes, taça dos clubes campeões europeus), 1990. benfica-marselha. o célebre jogo do célebre golo do vata, com a mão. não creio estar a exagerar muito se disser que estavam perto de 1000 pessoas para ver o jogo. obviamente, não cabia tanta gente no café. a solução foi instalar outra televisão na rua, no extinto cureto onde centenas de pessoas festejaram a passagem à final. aquele golo do vata, a quantidade de cerveja pelo ar, aquela alegria toda naquele estádio improvisado em plena praça, nunca esqueci.

para rever:


[o sucesso económico da parabólica, por via do futebol, foi a tal ponto enebriante, que se tentou fazer daquilo um espectaculo, com bilhete a pagar, em sala privada. felizmente, o bom senso das pessoas não permitiu sucesso à iniciativa]

quarta-feira, 21 de maio de 2008

referência incontornável

a revista visão está a distribuir um guia "Portugal Inesquecível", em fascículos por regiões. esta semana é sobre Trás-os-Montes e Alto Douro, e na secção de compras lá estão as obrigatórias navalhas de palaçoulo. a visita a palaçoulo faz, também, parte de um dos percursos de passeio recomendados.

terça-feira, 13 de maio de 2008

nova sondagem - a festa de maio

a festa de nossa senhora do rosário (mais conhecida por festa de Maio) anda a ficar muito esquisita. o ano passado não houve festa, porque a igreja estava em obras (e???). este ano, parece que vai ser em junho.

é sobre isso, a questão da nova sondagem, na barra lateral:
o que acha de, este ano, a festa de maio ser em junho?

após os resultados esclarecedores da primeira sondagem, onde a grande maioria decidiu que a sala de ordenha devia ir abaixo,


este post pretende, também, servir para que se deixem sugestões para a próxima sondagem, que será sobre o que mais gostaria que fosse construído ou alterado em palaçoulo. deixem nos comentários.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

dia de São Miguel / a história do caramonico

hoje era feriado em palaçoulo.
deveria ser feriado em palaçoulo.
dia de São Miguel, o santo padroeiro.
até há poucos anos era feriado. festa.
um preço a pagar pela industrialização, dirão.
sim, mas será certo?
adiante, que hoje é dia de festa...

São Miguel não é um simples santo padroeiro de Palaçoulo. é simbolo da terra e está directamente ligado à mais forte das identificações dos habitantes de palaçoulo - os caramonicos.

resumidamente, a partir da história descrtita no livro "Mirandês e Caramonico", de José Francisco Fernandes, a sempre curiosa história do caramonico:

1790, a armação da capela-mor ruiu. ao ruir, atingiu a imagem de S. Miguel, que ficou destruída. o mesmo aconteceu ao "caramono" derrubado sob os pés do arcanjo, já carunchoso e de figura horrível, a representar o diabo, também por lá denominado "demonho", "diabro", "caramono" e "caramonico". do santo e do mafarrico apenas encontraram pedaços dispersos, e vendo que não se podia aproveitar nada, o pároco mandou uns rapazes queimar os destroços. aos rapazes, não pareceu boa ideia e um deles disse aos outros "Bó, pois vamos agora a queimar isto? ao menos o que é do diabo atiramos com ele para a lagoa, que o havemos de afogar". os outros aceitaram e reforçaram: "Então, se o lançamos para a lagoa, lançamos para lá tudo". [a famosa lagoa existia onde é agora a casa do povo, embora ocupando um espaço mais amplo. lá bebiam as vacas e nadavam os porcos, que por esses tempos deambulavam pelas ruas] os rapazes fizeram um feixe dos destroços e atiraram com tudo para a lagoa. o feixe teimava em não se afogar e até parecia que "refunfunhegava" cada vez mais, provocantemente, à medida que a água se introduzia nos buracos feitos pelo caruncho e por umas "rachicas" que tinha o "caramono".
então, para que se afogasse e parasse de refilar, os rapazes começaram a atirar-lhe calhaus, incentivando-o:"Inda refunfunhegas, caramonico de mil demonhos?!" assim continuaram, até conseguirem que, com o peso das pedras lançadas em cima, o feixe fosse ao fundo. uma onda de alvoroço começou a correr pela aldeia sobre a pirraça, "perrice", ou simples divertimento dos rapazes, mas já não foram a tempo de remediar o que fosse.
o caso foi aproximadamente assim, simples, mas iria ficar na lembrança de gerações.

mas antes, um interlúdio...

na mesma altura do afogamento do caramonico, Palaçoulo fez uma comédia humorístico-satírica, usuais naqueles tempos, onde inventou uma história dos
escrinheiros de vilar seco (terra vizinha), que quizeram chegar à lua

[a comédia dos escrinheiros e a lua:
Às gentes de vilar seco chamavam escrinheiros porque muitas pessoas se dedicavam a fazer escrinhos, com palha e casca de silva. na comédia representada pelos de palaçoulo, muito concorrida por gentes das redondezas, os representadores, com grande alarido e espalhafato, propalaram que os de Vilar Seco tinham pretendido chegar à lua com os seus escrinhos, uns obrepostos sobre os outros, empilhados em rimas, verticalmente justapostas. juntaram todos os escrinhos que havia na terra, começaram a montar o projecto, e quando estavam mesmo a chegar à lua, os escrinhos acabaram. ao verem que estavam quase a chegar à lua e sem mais escrinhos, resolveram tirar os de baixo para acrescentar em cima. obviamente, veio tudo abaixo.
(*a razão porque a torre de escrinhos ruiu não é contada por José Francisco Fernandes, mas eu não sou politicamente correcto. aliás, isso é que dá piada à comédia...)]

a gente de vilar seco não gostou da piada e prometeu a Palaçoulo que "lhas havia de pagar", e respondeu com outra comédia, onde a povoação de vilar seco explorou a passagem relacionada com a lagoa. também perante grande afluência de espectadores, em atitude espalhafatosamente burlesca e zombeteira, os de Vilar Seco clamaram e proclamaram: "Bota Calhaus! bota calhaus, que lo habemos de afogar! Ah si! Inda refunfunhegas, caramonico de mil demonhos? Palaçuolo afoga santos! caramonicos, ah caramonicos de Palaçuolo! Estais sastifeitos, ah caramonicos de palaçuolo? Caramonicos, caramonicos, siempre caramonicos"!
A partir de aí, os palaçoluences, caramonicos ficaram. os de palaçoulo não gostavam, e a gente de fora que se atrevesse a chamar "caramonico", "refunfunhega" ou, simplesmente a acenar para o caso, apanhava imediatamente com a resposta, que chegou até ao presente, bem conhecida e, em certos casos, não muito agradável:

"O santo 'stá lá no céu,
e a imagem no altar
e os cornos do vosso avô
'stão na lagoa a nadar.
Ide-os de lá sacar!"


A gente de palaçoulo chama a esta resposta a "oração", com que se pretende (e se consegue) calar e arrumar os provocadores.
(*uma versão hardcore da oração, também não referenciada no livro de J.F.F, inclui um amigável "e vós, seus filhos da puta" antes do útlimo verso)

a história do caramonico permanece até hoje, e todos os anos a tradição é renovada dia 8 de Maio (agora, no domingo mais próximo).
como memória do acontecido há mais de 200 anos, durante a procissão, a imagem de São Miguel é inclinada por três vezes consecutivas, pelos quatro rapazes que carregam o andor, imitando atirar com o "santo" quando a procissão passa no local onde estava a lagoa. muitos padres não gostavam deste acto processional, esforçando-se por o impedir, mas em vão. o santo continua a "ser atirado".


Nota:
este resumo não dispensa a leitura da história completa, contada no livro referenciado.

terça-feira, 29 de abril de 2008

vá passear!


(clicar na imagem para ampliar e ver o programa em pormenor)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

a pipa


situação 1: jantar a dois. primeiro jantar. bom restaurante, bom ambiente, boa comida e bom vinho. sobretudo bom vinho.
aperitivos, primeiras conversas, primeiros copos de vinho. este vinho - diz ele - é da melhor casta, da melhor colheita, de 2001.
ela prova, sorri, mas acrescenta que não acha nada de especial. na realidade, ele também não está a achar o vinho nada de especial, mas ele sabia que era da melhor colheita, da melhor casta, tinha de ser bom. e ela, deixa lá, o que é que isso interessa, vamos mudar de assunto. ele concorda, queixa-se desta primavera que nunca mais chega, ela concorda, o tempo anda horrível. a comida estava boa, ele ofereceu-se para a levar a casa, mas ela preferiu apanhar um táxi e ficaram de combinar voltar a jantar um dia destes.

situação 2: jantar a dois. primeiro jantar. bom restaurante, bom ambiente, boa comida e bom vinho. sobretudo bom vinho.
aperitivos, primeiras conversas, primeiros copos de vinho. este vinho - diz ele - é da melhor casta, da melhor colheita, de 2001.
ela prova, sorri, e diz que é, de facto, fantástico. ele concorda, aliás, já sabia que era fantástico, era da melhor colheita, da melhor casta. e ele, a servir mais dois copos a pedir para lhe falar de si. e ela a falar, e os dois a rir, depois falou ele e riam outra vez. e mais uns copos de vinho, e a conversa estava óptima, e a comida estava óptima, a sobremesa deciliciosa, o café perfeito. sairam, divertidos. ele convidou-a para ir até casa dele e ela, estava a ver que tinha de te convidar eu. e ainda havia daquele vinho em casa, da melhor casta. da melhor colheita...

Obviamente são 2 situações que se desenvolvem nas mesmas condições, com resutados diametralmente opostos. o ponto de disturbio das situações está claramente no vinho. mas como, se o vinho era do mesmo, da melhor casta, da melhor colheita de 2001? eram de facto dois vinhos da melhor colheita da melhor casta de 2001, mas eram vinhos diferentes: o vinho da situação 2 tinha sido armazenado e tratado em pipas de palaçoulo, o vinho da situação 1, não.


P.S. a qualidade das pipas produzidas em palaçoulo remonta à antiguidade: consta que Baco, deus romano do vinho (porque percebia muito de vinhos, e que gostava de bacanais, aliás bacanal deriva de baco) terá recusado uma noite louca com Vénus, deusa romana do amor (porque percebia muito do amor), por esta lhe ter servido um copo de vinho que não tinha sido tratado em pipas de palaçoulo.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

rodelão contra a cruz

-vamos jogar à bola?
-vamos. como é que jogamos?
-rodelão contra a cruz.
-bota!
[sempre uma boa alternativa à normal escolha das equipas jogador a jogador, tão cruel para os últimos a ser escolhidos]

o clássico desafio de futebol.
parte de baixo contra parte de cima da aldeia.
rodelão representando todas as ruas para baixo da rua do rodelão.
cruz, todas as ruas para cima do largo da cruz.
(curiosamente, a divisão é na caleija das nilgas)
e sempre rodelão contra a cruz.
nunca ouvi ninguém dizer cruz contra rodelão.

a expressão 'contra a cruz' encerra em si algo de profano, talvez por isso soasse melhor.
ou porque os do rodelão eram os maus, que atacavam.
não era por o rodelão jogar em casa, porque isso variava (eiras de cima ou eiras de baixo).
não sei.
sei que joguei muitos 'rodelão contra a cruz' e não me lembro de jogar nenhum 'cruz contra rodelão'.
pela cruz, os bons.

um refinamento destes confrontos surgiu a partir do momento em que apareceu o torneio inter-ruas, assunto a que voltarei em pormenor um dia destes.

sexta-feira, 28 de março de 2008

folar

se há (ou havia) noites mágicas em palaçoulo, a noite de folar (2ª feira de páscoa) é seguramente uma delas. daquelas noites em que tudo, de inesperado, pode acontecer. por outro lado, também uma daquelas noites em que algo, esperado, sempre acontece: bebedeiras.
na noite de folar, palaçoulo é assaltado pelos locais (todos, mas especialmente os mais novos), varrendo a aldeia de ponta a ponta, invadindo casa a casa, comendo e (sobretudo) bebendo, deixando rastos de todos os níveis pelas ruas, casas, e casas de banho.

é uma noite de primeiras vezes.
quantos (e principalmente quantas) chegaram a casa de manhã pela primeira vez na noite de folar?
quantos beberam pela primeira vez uma cerveja ou apanharam a sua primeira bebedeira?
e quantos, talvés por isso, ganharam coragem para falar com aquela pessoa com quem desejavam meter conversa há tanto tempo?
para quantos foi, nessa noite, o primeiro vómito?
e, mais interessante, o primeiro beijo?
ou, menos interessante mas não menos importante, a primeira tampa?
e quantas outras coisas aconteceram pela primeira vez na noite de folar. e para quanta gente...

por força de variadas situações, como o facto de muita gente já estar fora nesse dia (a trabalhar, estudar, etc...) ou por falta de vontade, a festa não tem sido tão poderosa nos últimos anos. no entanto, continua a ser potente. porque folar é folar e - isso não falha - há sempre alguém a vomitar!

sábado, 22 de março de 2008

a adega do chefe

a adega do chefe não tem:
- escadas muito seguras;
- rampa para deficientes;
- extractores de fumo;
- casas de banho.

mas, a adega do chefe tem:
- vinho;
- bacalhau;
- bom vinho;
- queijo;
- bom vinho em malgas de cortiça;
- fruta variada;
- pipas e pipas de bom vinho;
- ...
- bêbados.

P.S. primeiro post no caleija das nilgas escrito a partir de palaçoulo, não muito distante da caleija das nilgas, com a wireless da junta.

segunda-feira, 17 de março de 2008

a mini

falar de palaçoulo sem falar da mini, é como falar de portugal sem falar de fado. faz parte da essência. da cultura. recentemente, é certo. mas vingou.
acompanhadas por tremoços, presunto ou por outras minis (criando, não raras vezes, filas de espera), a mini é presença constante nos balcões e mesas dos cafés locais.
bebem-se a toda a hora e por (quase) toda a gente. ir ao café beber uma mini é um hábito de quebra de rotina. mas, cuidado, ir ao café beber uma mini pode significar voltar para casa com 10.

mini para jogar cartas, mini para ver futebol, mini para conversar, mini para beber ao balcão, mini para beber na esplanada, mini à volta do fogareiro, mini 'arrancadeira' para ir embora e mais uma mini 'arrancadeira', agora é que é a última, e mais outra e mais outra... e no dia seguinte, após o café, já se bebe uma mini.

se existisse um ranking de consumo de minis em localidades, per capita, palaçoulo estaria seguramente no top.
milhares e milhares de minis convivem anualmente com os habitantes e visitantes locais, com especial incidência nos tórridos dias (e noites) de verão e esta relação parece correr bem, pois não é raro ver pessoas contentes, claramente por causa das ditas. as minis, essas, não se manifestam.
os vendedores agradecem.

terça-feira, 11 de março de 2008

informação metereológica (serviço gentilmente cedido pela RMP)

dando início a uma colabolação que se prevê muito produtiva, o blog caleija das nilgas associa-se à radio local de palaçoulo, RMP, e passa a incluir (na barra lateral) informação sobre o estado do tempo.

sediada na rua das latas, a RMP proporciona a quem a escuta logo pela manhã noticias do tempo e todas as novidades que interessam saber. como o raio de emissão é curto, e apesar de ser uma rádio móvel, essas novidades não conseguem chegar rapidamente a toda a aldeia, e por vezes quando chegam a mensagem pode já vir deturpada pelo efeito dos campos magnéticos do rodelão. por isso, esta associação blog/rádio faz todo o sentido, espalhando a mensagem não só por palaçoulo, mas pelo mundo.

para já esta colaboração fica-se apenas pela metereologia, mas prosseguem negociações com vista à publicação on-line das famosas rúbricas "olhai, sabeis quei me deziram?", uma espécie de tertúlia cor de rosa, da sociedade local.

sexta-feira, 7 de março de 2008

(ainda) a propósito do nome

no post inaugural deste espaço confessei a minha ignorância em relação ao significado da palavra "nilgas". na verdade, aparentemente não significa nada e a forma como foi originada não era muito simples de imaginar.
curioso com a origem do nome que dá nome ao blog, recorri aos escritos de quem melhor conhece a história da aldeia, incluindo a toponímia.
José Francisco Fernandes, conta em "Mirandês e Caramonico" que

"... a denominação de Nilgas poderá ter resultado, por aglutinação e corruptela, de Mil Águas -> Mil Agas -> Milgas -> Nilgas. De facto, antes do saneamento básico da povoação, ainda uma grande parte das suas águas pluviais escorriam para aquela caleja e terrenos adjacentes."

não deixa de ser curioso que mesmo após os saneamentos, a questão da caleija das nilgas ser um espaço de derrame de líquidos permanece actual, se bem que o líquido é outro.

segunda-feira, 3 de março de 2008

uma questão de alcatrão

algo que sempre me fez impressão é a volta que é preciso dar para chegar, de carro, de palaçoulo até miranda (a azul, na imagem). segundo o google maps, são 21,3 Km de distância. o problema da volta está, claro, na forma de chegar até duas igrejas (11,8 Km, quando geograficamente está bem mais perto).


giro era se alguém se lembrasse de construir uma estrada, pelo chamado caminho de miranda, algures por volta dos pontos vermelhos na imagem. a olho, diria que seriam cerca de 5 Km de alcatrão. ou seja, o caminho encurtaria de 21 para 14/15 km. com a quantidade de pessoas que, diariamente, circulam entre palaçoulo e miranda pelos mais variados motivos e em ambos os sentidos, resultaria numa diferença muito significativa que, creio, se iria fazer sentir mais do que aparenta.

dir-me-ão, com razão, que há outras prioridades para gastar dinheiro em palaçoulo, etc. de acordo. a questão é que esta não seria uma obra apenas para palaçoulo. mas também para atenor, teixeira, duas igrejas, cércio, vale de mira, miranda e todas as aldeias que estão para lá.

5 kilómetros de alcatrão e as duas principais localidades do concelho ficavam 6/7 kilometros mais próximas e todo o concelho mais próximo entre si. já agora, zamora e salamanca também ficariam mais perto.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

coloquem já nas vossas agendas


sei que é na semana das festas de palaçoulo, mas vale a pena sair de lá por umas horas...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

sondagens

qual seria o edifício / monumento que gostaria de ver demolido em palaçoulo?
ou porque acha que é inestético, ou porque acha que está mal feito, ou porque não se enquadra na paisagem, ou porque acha que não está lá a fazer nada. ou por outro motivo qualquer.

esta é a questão que inicia uma série de sondagens que vão ser aqui postas a público. podem votar na coluna lateral. votem, mas em consciência...

aceitam-se sugestões para futuros temas a referendar e para quaisquer outros assuntos relacionados com o blog. atirem para aí.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

a zona afectada

quando a Time fez a capa das mães de bragança esqueceu de mandar um emissário a palaçoulo. pena, porque o caso não pode ser contado em toda a sua amplitude.

situada na zona alta e antiga da aldeia, estendendo-se desde a rua da igreja até ao canto, a zona afectada é uma espécie de bairro alto, em lisboa. com as devidas proporções, claro está:
não há bares, mas há música.
não há hotéis, mas há camas.
não há restaurantes, mas há carne.

intensamente frequentada por locais e forasteiros, a zona afectada é hoje um lugar incontornável da noite de palaçoulo.
quando os cafés já fecharam, quando até os cães já foram dormir, é lá que a noite fervilha...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

a navalha

quem usar navalhas/facas que não de palaçoulo para descascar uma batata que seja, devia cortar-se (só um bocadinho, para não aleijar muito) à primeira tentativa. para se lembrar que está a usar o objecto errado. as facas são de palaçoulo. ponto. como os ovos moles são de aveiro.
quem liga a ovos moles de santarém? quem liga a navalhas de setúbal ou de Hong Kong? nunca ninguém puxará da sua navalha e dirá, com orgulho: repara que esta navalha é de Hong Kong. ou de setubal. Já as 'palaçoulas', como também são conhecidas, são exibidas como preciosidades. grandes ou pequenas. utilitárias ou personalizadas. industriais ou artesanais. são de todos os tipos e são as melhores.

as navalhas de palaçoulo são tão boas que, consta, se alguém for esfaqueado (ou navalhado) por uma delas não morrerá, porque a navalha se recusa a cortar qualquer órgão vital, ganhando um controlo próprio que a faz desviar para zonas menos ofensivas. só para ver quão boas são...


é normal pessoas referirem-se a palaçoulo como a terra das navalhas, sendo no entanto um pouco redutora esta definição, dados os (muitos) outros factores (e sectores) relevantes da terra.
normal também, e agora de forma mais exacta, é referirem-se às navalhas como 'aquelas coisas que cortam e são feitas em palaçoulo'.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

pauliteiros de palaçoulo já estão no youtube

graças ao rui preto, que se deu ao trabalho de lá colocar o vídeo...



à saída da igreja, na festa de santa bárbara
o laço (lhaço, em mirandês) - assim se chamam as músicas dançadas pelos pauliteiros - é o Mirandum.

diz que a internet anda pelo ar

diz que sim.
mas só anda às vezes.
e só se dá bem com os ares da praça.
misteriosos problemas técnicos continuam a atrasar uma maior cobertura da aldeia. enquanto isso, as antenas vão servindo para dar um ar tecnológico à paisagem.
é pena para todos, até porque o que era inicialmente uma boa medida pode vir a tornar-se numa piada e numa arma de arremesso.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

a propósito do nome

quem nunca mijou na caleija das nilgas que atire o primeiro comentário.
localizada bem perto da praça e suficientemente escondida, tem sido em noites de festa por anos e anos a substituta dos tão anunciados sanitários públicos que, um dia, nascerão.
não é por isso que este espaço será um sítio para onde se venha satisfazer as necessidades fisiológicas. apenas se chama assim porque gosto do nome. soa bem. aliás, nem sei o que nilgas quer dizer, mas acredito que não deve ter nada a ver com nalgas.